domingo, 16 de agosto de 2015

Poema pássaro...


   Hoje eu quis um poema.
   Acenei em sua direção chamando, vem!
   Ele me olhou desconfiado, poema pássaro.
   Vem! Pedi mais forte.
  Ele, ainda desconfiado, viu minha mão estendida;
  nela eu segurava meu coração apaixonado.
  Apaixonado e correspondido.
  Vem! Anseio um poema de amor correspondido:
  pássaro raro.
  Sem sofrimento, sem susto, sem mágoa.
  Vem!
  Hoje eu quis um poema de amor que subjuga o tempo,
  que degusta, adivinha, morde, afaga. Um amor que existe.
  Sintoniza, afina.

   O poema? Não sei se veio. Veio isso...

   O amor? Inunda.


Nenhum comentário:

Postar um comentário